As empresas familiares representam 90% dos negócios brasileiros, segundo o SEBRAE. Em tempos de gestões cada vez mais qualificadas é importante saber como promover a sucessão nesse tipo de negócio. Muitas vezes o caminho mais natural, onde os filhos assumem o lugar dos pais, não é a melhor escolha para o negócio. É preciso pensar no longo prazo o que será mais saudável para sua empresa!
Aliar tradição com inovação
Em um mundo globalizado a pequena (ou grande) empresa familiar concorre com empresas do mesmo bairro, cidades e, às vezes, com negócios que estão do outro lado do mundo e podem ser acessados pelo mercado de compras on-line. “Assim, as empresas familiares precisam de uma gestão permanentemente atualizada, ativa e com muita vontade de trabalhar. Aliar tradição a inovação”, contextualiza o professor da La Salle Business School, Prof. Me. Humberto Girardi. Na opinião do empresário, que também é dono de uma empresa familiar, os processos de sucessão, profissionalização e modernização nesse modelo de gestão não podem ser vistos como empecilhos para o desenvolvimento dos negócios.
Governança corporativa como ferramenta
Girardi aponta o sistema de governança corporativa como uma excelente ferramenta para conduzir o processo de sucessão familiar. A origem desse sistema aconteceu com o ingresso de novos sócios ou novos gestores às empresas familiares. A governança corporativa funciona com os princípios de:
- Transparência
- Equidade
- Prestação de contas
- Responsabilidade corporativa
Sucessão Familiar ou Profissional
Mesmo sendo uma empresa familiar, é possível que a sucessão não ocorra entre membros da família. Vários fatores interferem nessa decisão, muitas vezes os familiares não têm interesse em assumir a empresa ou não são capacitados para tanto. Entre os erros mais comuns nessa hora estão:
- Produção de um cenário confuso entre propriedade e gestão
- Avaliação de desempenho incorreta entre membros da família
- Indicação de familiares não capacitados para cargos importantes
- Falta de planejamento
A melhor orientação é planejar no longo prazo o processo: “Um bom planejamento de sucessão associado ao planejamento estratégico do negócio podem trazer a tranquilidade que os gestores precisam para alcançar o desempenho esperado”, completa Girardi.