Menu

Todo o produto que entra em nossa casa gera resíduo que, descartamos quando não sentimos mais necessidade de uso. A partir desta prática de consumo, utilização e descarte você já parou para pensar para onde vai o seu resíduo sólido? No Brasil, milhares de pessoas trabalham com os resíduos rejeitados que, quando dispostos de forma incorreta, poluem o ambiente. Estes profissionais obtêm através da reciclagem renda e inclusão social. O catador é agente colaborador para a preservação do planeta e indispensável no ciclo virtuoso da reciclagem. Diariamente reciclam nossas histórias e constroem as suas com um sorriso no rosto, lutam pela valorização e reconhecimento do seu trabalho.

É esta a essência da exposição que está acontecendo no Espaço Multicultural da Biblioteca intitulada “Recicladores de histórias, catadores de sorrisos”. O nome é o mesmo do livro lançado na última sexta-feira, dia 27/11, dos autores Daiana Schwengber, Jáder da Cruz Cardoso, Pedro Tesch e Delmar Bizani. O projeto surgiu do trabalho de Daiana no Mestrado Profissional em Saúde e Desenvolvimento Humano no Unilasalle Canoas. Trabalho este que se atrela a sua dissertação de mestrado intitulada “Qualidade de vida e perfil socioeconômico de catadores de quatro cooperativas de reciclagem da Região Metropolitana de Porto Alegre, Rio Grande do Sul, Brasil”.

A mestranda conta que o trabalho tomou forma e cresceu até virar a exposição e o livro. Também relata a surpresa positiva que tanto ela quanto o fotógrafo tiveram ao se deparar com o dia a dia dos trabalhadores. Pedro Tesch conta que tem clientes com grande visibilidade, totalmente o contrário das pessoas que fotografou. “A Daiana chegou a achar que eu não faria o trabalho, mas eu topei porque vi que aquelas pessoas também têm o direito de serem fotografadas. E elas fazem aquilo com tanta alegria que foi isso que eu quis mostrar nas fotos”.

Vera Terezinha Salermo, 69 anos, foi uma das trabalhadoras fotografadas e conta que o trabalho lhe faz muito bem, o suficiente para esquecer os problemas enquanto está trabalhando e conta a história de uma das fotos em que aparece em meio à exposição: “Eu sou sempre muito brincalhona, então eu estava trabalhando quando um colega chegou pra mim me chamando pra dançar”, relata.

O trabalho foi feito com cooperativas de São Leopoldo, Esteio, Canoas e Nova Hamburgo. A exposição é uma parceria entre o Mestrado Profissional em Saúde e Desenvolvimento Humano, a Incubadora de Empreendimentos Solidários, Tecnosocial, CNPq e execução do Projeto Unilasalle Cultural. Ele segue até o dia 08/12, das 8h às 22h, na Sala de Reuniões da Biblioteca.

 

Entre em Contato