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“No dia que vocês tiverem funcionários verão que cada um tem uma caraterística diferente, suas qualidades e seus defeitos também. Ser um bom gestor é tirar o melhor das pessoas”. A fala da assessora da reitoria e procuradora educacional do Unilasalle-RJ, Valéria Santos, reverberava, ao fim da primeira apresentação do dia, os depoimentos de cinco professores colhidos pelos seus próprios alunos. Em pauta para o time formado por Bárbara, Isabela, Juliana, Maria Clara e Paulo (2º período) estava o tema Relações Interpessoais, crucial para a carreira do administrador. Mas ele não foi o único, nem Administração o curso solitário a trazer discentes ao palco. No turno da noite, se uniram à ADM, Ciências Contábeis, Pedagogia e História, completando, assim, as quatro graduações da casa que colocam em prática desde julho as Atividades Integradoras.

Os calouros matriculados nos respectivos cursos entraram no centro universitário no início do ano já com novo currículo, do qual as AIs eram a cereja do bolo. Elas vão de encontro com as metodologias ativas, forma de aprendizagem em que o aluno é o protagonista, recebendo, após o estudo da teoria, um problema para solucionar ou projeto para desenvolver. Ao longo de seis meses, o discente aplica, portanto, o que estudou e antecipa conceitos ainda não trabalhados para conhecer na prática a realidade da sua profissão.

Instigada pelo coordenador Marcos Figueiredo, a graduanda Juliana Fonseca resumiu a importância da Atividade deste semestre para a sua formação: “O trabalho foi bem legal, pois pudemos ouvir de cada um suas próprias experiências, pudemos abrir mais a mente a respeito do significado de relacionamento interpessoal e fizemos questão de escolher os professores como entrevistados, porque eles sempre agregam muito. O Julio D’Amato, por exemplo, ao trazer a psicologia se alinhou muito à temática de comportamento que estudamos em sala”.

As entrevistas foram também exploradas por outros grupos. Um deles criou inclusive um telejornal para abordar inovação na Contabilidade. Os alunos se transformaram em âncoras e repórteres para entrevistar especialista acerca da substituição de mão de obra por máquinas no mercado de trabalho. Já os discentes de História e Pedagogia se uniram, em uma de muitas etapas das Atividades Integradoras, para apurar com professores e estudantes suas visões sobre a África, como explicou a professora Cecilia Guimarães, de ambos os cursos. “Em um primeiro fórum, o foco era saber quem conhecia e o que conhecia da história da África. Uma segunda proposta foi entender a vida do negro no Brasil, a terceira foi a África e o currículo escolar. O último fórum gerou nosso produto que ainda está em andamento, a ideia é continuar no próximo semestre. A turma de quase 60 integrantes elaborou um roteiro de entrevistas e as executaram com alunos e professores de História e Pedagogia”, recordou.

 

 

Ao todo foram 22 perguntas, sendo a principal “O que você sabe sobre a África?”. As respostas pareciam fazer ecoar certo trecho da música “Mufete”, de Emicida (Gente, só é feliz / Quem realmente sabe que a África não é um país / Esquece o que o livro diz, ele mente / Ligue a pele preta a um riso contente). Afinal, como atestou Cecilia, “por mais que pareça absurdo ainda ouvimos sobre a África afirmações do tipo ‘Um país, grandes necessidades humanas’. É recorrente a África ser apresentada como um país e relacionada apenas a aspectos negativos”. As versões estereotipadas e a necessidade do ensino relativo ao sangue também africano do brasileiro foram assuntos debatidos, constatados e ainda passíveis de gerar novas discussões. Afinal, 2018.1 logo logo está aí, junto de novas Atividades Integradoras.   

Por Luiza Gould

Fotos de Camila Reis e Luiza Gould

Ascom Unilasalle-RJ

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