As férias estão nas praias repletas, do Leme ao Pontal, como canta Tim Maia. Estão também nos filmes, como “Diário de uma Paixão” (2004), “Férias no trailer” (2006), “À Deriva (2009)”, “Esposa de Mentirinha” (2011). São vividas no encontro com os amigos, em viagens, mas podem também ser uma boa oportunidade de obter novos conhecimentos. Neste caso, o Unilasalle-RJ é uma parada obrigatória entre os dias 23 e 28 de janeiro, das 13h às 18h, quando sedia os Cursos de Férias, mais de 50 opções para o período de tempo livre, todas a R$ 40,00.
Ao todo, as aulas estão divididas em sete áreas: “Arte e Criação”, englobando técnicas como nanquim, desenho, anime, grafite e animação; “Arte e Educação”, constituída de oficinas de contação de histórias, jogos didáticos e mágica para crianças; “Educação”, na qual são ofertados, entre outros, alfabetização, psicomotricidade, práticas educativas para inclusão; “Gestão”, de conflitos, por exemplo; além de “Corpo e Movimento”, voltado para as danças. “Os cursos de férias divulgam a nossa marca para o mercado e vão de encontro com um projeto de desdobramento que temos para 2017, trazendo diversas atividades artísticas e culturais para serem implementadas no horário da tarde”, explica Arthur Chrispino.
Coordenador da Pós-Graduação e Extensão, Chrispino reuniu os professores convidados na última quinta-feira, dia 5. Um deles, também idealizador do projeto, é André Brown, doutor em quadrinhos pela UERJ. Com “25 anos de desenho”, o viés de cartunista acabou levando-o para dentro da sala de aula. “Como ilustrador e cartunista passei a trabalhar muito junto às escolas e me tornei pedagogo. Com estas duas experiências posso afirmar que o entretenimento hoje é muito importante na educação. Aprender tem que ser divertido, estamos tendo que nos transformar com as novas tecnologias”, defende. Este tópico fará parte de um dos cinco cursos que vai ministrar, “Práticas de Ensino com Quadrinhos”, mais voltado aos docentes. O artista Brown, no entanto, trará também oficina de nanquim, desenho de humor e roteiros em HQ, além de curso sobre cineclube, com o qual teve mais contato na época do mestrado.
“O elemento comum a todas as aulas é a imagem, não só em termos de produção, mas também de leitura, perceber a imagem como discurso, maneira de trabalhar conteúdos, histórias”, explica o professor, “Já a diversidade, vem da proposta em gerar possibilidade aos interessados de contato com áreas múltiplas. No meu caso, cinema, quadrinhos e teatro são aplicados em qualquer tipo de conteúdo e narrativa. Podemos usar HQ para falar de meio ambiente, educação, comunicação. Buscamos diversificar linguagens com estes cursos de férias. Eles são um primeiro contato, englobando inclusive áreas não convencionais, como games e mangás”.
A cultura nerd e geek é um dos temas em que se espera atrair um público bem jovem, como pontuou Chrispino no encontro do início do mês: “Estimamos um público dos 15 aos 17 anos, principalmente nos cursos artísticos. Os pais necessitam que os filhos se ocupem durante este período em um lugar com garantia de segurança. Hoje também há poucos locais em que as pessoas possam fazer um curso introdutório a um preço barato”.
Apesar do palpite, todos serão bem-vindos e há cursos onde a média de idade deve ser maior, como “Introdução aos métodos de otimização em Engenharia” e “Pesquisa em Educação e TCC: Metodologias qualitativas”. “Essa é uma estratégia para trabalharmos também futuramente com a Extensão Universitária, dentro de uma carga horária maior”, conclui Arthur Chrispino.
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