Menu

Na máquina, os números saltam a cada pulsação. Logo o que era 15 mililitros se transforma em 450, uma gota dá origem a uma bolsa, e entre fios não mais transparentes, o vermelho liga duas pessoas em sístoles e diástoles. O ritmo desta verdadeira bateria de escola de samba faz todo mês ser de Carnaval. A festa no Unilasalle-RJ foi dia 29 de agosto, segunda-feira, com a vinda do HEMORIO. Os stands espalhados pelo Auditório La Salle anunciavam “Doe sangue, doe vida”, recado que chegou aos ouvidos de Roberta Amazonas e virou legenda da foto postada por ela logo depois no Facebook.   

A jornalista, de 24 anos, veio cedo para realizar sua terceira doação. Da primeira vez ela era caloura na Universidade Federal Fluminense e na segunda voluntária da Jornada Mundial da Juventude, realizada no Brasil em 2013. “Acho que não tem nada mais revigorante do que ‘fazer o bem sem ver a quem’”, explica, “Esse gesto de doar é algo tão simples, são apenas 20, 30 minutos do seu dia que podem salvar alguém. Não há recompensa melhor”.

Roberta se somou a outros 37 doadores. O número não superou as expectativas do Setor de Ação Comunitária (SEAC), mas é visto como um estímulo para a próxima coleta, que já tem data marcada: 9 de março de 2017. “Queríamos ultrapassar as doações de 2015, mas houve um problema de logística que atrasou o início do atendimento e alguns interessados não puderam contribuir. Tivemos casos de pressão baixa, anemia, alergia e dengue recente”, conta Livia Ribeiro, coordenadora do SEAC, completando:

“Não superamos nossa meta deste ano. Isso poderia nos desestimular, certo? Não! Nem pensar. Ao contrário disso, o que pretendemos fazer é trabalharmos com um evento para doadores de medula óssea, para o mês de outubro, e agendarmos a próxima vinda do HEMORIO. Os desafios devem servir como estímulo. Não temos que ganhar sempre. Especialmente se entendemos que, neste caso, cada bolsa é uma pequena vitória”. 

 

Entre em Contato