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Manter-se em prontidão para identificar mudanças de cenário e agir com cautela nas adequações necessárias. Esta é a atitude que caracteriza as organizações empresariais vencedoras na atualidade, de acordo com a consultora da Fundação Dom Cabral, Maria Elisa Brandão, que conduziu o Workshop de Gestão de Desempenho e Riscos Estratégicos, com 64 gestores das instituições de ensino que integram o Grupo UBEC, e convidados de congregações associadas, durante os dias 27 e 28 de maio, em Brasília. 

 

Representando a Rede La Salle RJ, estiveram presentes ao evento o reitor do Unilasalle-RJ e vice-diretor do Colégio La Salle Abel, Irmão Jardelino Menegat, o pró-reitor de Desenvolvimento do Unilasalle, Hugo Amazonas, o diretor do La Salle Abel, Irmão Marcelo Piantkoski, a supervisora educativa do colégio, Cláudia Braz, e o supervisor administrativo, Alexandre Oliveira.

 

Diante de um cenário de instabilidade econômica e das novas regras na condução de políticas educacionais, a palestrante Maria Eliza sublinhou que gerenciar é mais difícil, atualmente, porque as organizações sofrem alterações com maior frequência e profundidade e “o futuro impõe mudanças disruptivas”, as quais provocam melhorias, mas sempre impactam radicalmente em questões consolidadas.

 

Na visão da consultora, neste ambiente, o educador está “no olho do furação”, uma vez que trabalha com a formação dos próprios agentes deste mundo em transformação veloz.

 

A proposta de transformar discussões em alinhamentos e compromissos com a estratégia de crescimento do Grupo fez emergir reflexões entre os participantes. 

 

O presidente do Conselho de Associadas, Irmão Jardelino Menegat, parabenizou a iniciativa do Conselho de Administração e da diretoria executiva da UBEC e reconheceu o empenho das instituições mantidas em indicar para o encontro “gestores de postura construtiva”. Ele ressaltou que a Educação está vivenciando um momento de readequação e situações surpreendentes apresentam-se enquanto os gestores estão envolvidos nas questões emergenciais de suas rotinas. Apesar do cenário de tensão econômica, que limita os investimentos em Educação, Menegat acredita que se efetivando os ajustes exigidos neste momento, as condições de investimento em Educação retornarão, porque são fundamentais. A UBEC está no caminho certo, disse, “reuniu os principais dirigentes das instituições mantidas para discutir o novo cenário onde as mudanças na economia e no Fies acarretaram uma situação que nos impõe adequar a casa para não perdermos qualidade”. O Grupo está buscando alternativas para que os alunos continuem conosco e nos permitam cumprir a missão de educar, completou.

 

As ameaças externas preocupam e geram complicadores a um gestor na avaliação do presidente do Conselho de Associadas. No entanto, entende que nesses momentos de dificuldade emergem bons gestores. Menegat acredita que questões práticas tratadas no workshop devem ter impactado positivamente os participantes.

 

Parada estratégica - O presidente do Conselho de Administração, Irmão José Nilton Dourado, salientou que o desejo das pessoas em dar continuidade ao processo de formação continuada de gestores, iniciado há três anos, para que com ou sem crise, o Grupo UBEC enfrente problemas com os melhores direcionamentos ficou claro nesses dias com a Fundação Dom Cabral.  “Tenho plena consciência de que esta semente começa a germinar e daqui a pouco vai dar frutos, porque há envolvimento e o sentimento de Grupo está se evidenciando. Isto é fantástico para todos”, diz trazendo o discurso para a prática no cenário atual. “Se esta crise econômica instalada no Brasil tivesse acontecido há quatro anos, estaríamos em dificuldades, mas graças a coragem e ao movimento do Grupo UBEC, a contribuição e a colaboração de cada instituição mantida hoje estamos fortalecidos, com fôlego, saúde organizacional e preparados para não perder oportunidades de estender o alcance da missão se houver oportunidade”, frisa.

 

Constatação semelhante tem o diretor executivo do Grupo, Leonardo Nunes Ferreira, ao considerar que a UBEC deu um passo significativo nesse encontro no que se refere a gestão. Para ele que identifica a compreensão do mercado educacional a partir do conhecimento dos marcos regulatórios do setor, o emprego adequado das ferramentas de gestão seja no campo econômico, financeiro e orçamentário com a apropriação do que há de mais moderno e a liderança com motivação e alinhamento como os grandes desafios dos gestores de instituições educacionais, o workshop, ao proporcionar maior integração e alinhamento da visão estratégica e gestão de riscos também permitiu o reconhecimento de novos talentos no Grupo.

 

“Creio que todos se apresentaram dispostos aos desafios atuais e, dentro do conceito de governança corporativa, no processo de responsabilização de cada um, na condução dos melhores caminhos”, assinalou. O evento foi propício, na avaliação de Nunes Ferreira, em função do momento vivido pelo Brasil, relacionado ao cenário macroeconômico, regulatório e mostrou-se eficaz como integrador, deu sentido ao conceito de equipe, além de favorecer à reflexão. A crise atual, no Grupo, não valoriza os aspectos negativos, mas funciona como um impulso para inovar e apresentar aos alunos e à sociedade produtos e serviços de qualidade que venham agregar e tenham valor percebido, completa.

 

No ritmo das orientações do workshop, quando a consultora orienta cautela nas mudanças de grandes organizações, o presidente do Conselho de Administração da UBEC, comenta que durante o evento uma carta desafiadora foi entregue aos dirigentes de instituições pontuando que questões imprescindíveis à qualidade do ensino mantenham os investimentos, mas que sejam desacelerados outros projetos pelos próximos 60 dias. “É uma parada estratégica”, frisa ao explicar que todo o Grupo está sendo desafiado a entender esta crise e suas exigências de criatividade nas ações para não se deixar abater.

 

José Nilton Dourado reitera que o Grupo UBEC hoje está pronto para prestar consultoria às congregações associadas se for acionado. “Consolidamos um processo de reestruturação de gestão que está dando certo e pode servir de orientador tanto na condução, quanto no alinhamento de processos. Podemos auxiliar as associadas em todas as áreas, de tecnologia a recursos humanos”, dispõe-se.

 

Práticas imediatas - Ao encontro da promoção do sentimento de Grupo, a consultora Maria Elisa lembra que durante o workshop foram criados espaços para trocas e muitas discussões podem ser traduzidas em práticas de imediato. Ela assinala que a importância da estratégia ficar clara para todos evidenciou-se. Sendo assim, ao longo de um dia normal, todos os gestores podem utilizar parte do tempo de interações para clarear e firmar a estratégia da organização. Outro aspecto destacado trata das mudanças ambientais e seus impactos. A consultora da Fundação Dom Cabral sugere que em cada encontro com liderados, essas mudanças de cenários e o que esta sendo feito diante delas seja pauta de conversa.

 

Segundo a consultora, todos os participantes manifestaram que em seus ambientes fazem escolhas estratégicas de crescimento primando pela qualidade como diferencial. Mas a escolha fica clara para todos até a porta da instituição? questiona. É preciso comunicar a estratégia da instituição para todos e isto pode começar logo.

 

Maria Elisa comenta que crescer não diz respeito somente a questão financeira, “no caso de instituições de ensino, significa chegar ao maior número de alunos com seus propósitos, ter um corpo docente maior e melhor capacitado, porque não adianta ter uma missão nobre e deixá-la escondida. Se eu tenho luz , tenho que iluminar. Então, quanto mais a organização crescer de forma sadia, tanto mais e melhor cumprirá sua missão. Se a instituição não for sustentável, não consegue ter alcance, nem cumprir a missão”, completa.

 

Gestores em desafio - A diretora do CECMG, Vania Lamas considera a diversidade e a complexidade das equipes nas instituições de ensino entre os aspectos relevantes na identificação de quem são os parceiros do processo para que as ações estratégicas sejam impulsionadas de fato. Ela explica sua percepção: as equipes vivem em diversos espaços com diferentes propósitos e sensibilizá-las para a continuidade dos processos é desafiador e possível.

 

A promoção do alinhamento de ânimo e cognitivo também aparece como um dos principais desafios para o gestor atual na opinião do diretor da Faculdade Católica do Tocantins, Padre José Romualdo Degasperi.  É fato para ele que “a educação de qualidade oferecida pelas instituições mantidas precisa ser percebida apesar do momento crítico por que passa a Educação no Brasil” e, sob o aspecto econômico, há necessidade de identificar-se o investimento de recursos desnecessários e corrigir rumos com agilidade. 

 

Na avaliação da diretora do CECB, Sonia Véras, a adequação às mudanças exige que se saia das caixinhas diárias de conhecimento, utilize-se o pensamento divergente, faça-se coalizões e transite-se bem em áreas diferentes. Ela comenta que as pessoas se chocam quando se fala em aprendizagem do adulto, mas é preciso reeducar e recapacitar os profissionais mesmo diante das resistências. A diretora comenta o seu momento de recapacitação no workshop da Fundação Dom Cabral e reconhece: conteúdos colocados no encontro me provocaram e tornaram-se para mim um desafio, vou aprofundar. Vejo a Educação assim.

 

O reitor do Unileste, Genésio Zeferino da Silva Filho considerou importante o trabalho das questões estratégicas e de tomadas de decisão no Grupo, especialmente neste momento em que os cortes e ajustes no orçamento do governo vão impactar a Educação. Nesses dias, tivemos a oportunidade de aprofundar a utilização de ferramentas que nos ajudarão a compreender esta realidade sobre a qual ainda não temos a dimensão de suas consequências. 

 

Manter o trabalho de qualidade e a busca por inovação, mesmo nas situações delicadas, é o foco da diretora do Colégio Padre de Man, Ledsonia Ferreira, que valoriza o trabalho em equipe no alcance deste propósito. Na educação continuada, proposta pelo Grupo UBEC, ela diz que encontra ferramentas de competitividade necessárias para as instituições de ensino.

 

Um momento de grandes mudanças, tanto sob o aspecto da Educação, quanto do seu financiamento e dos fundamentos de sua compreensão é como o reitor da UCB, Gilberto Garcia, descreve a atualidade. Estamos vivenciando muitas definições, diz ao listar três grandes desafios simultâneos com reações no setor público e privado de ensino: as definições relacionadas aos financiamentos, as matrizes curriculares e os investimentos no crescimento da estrutura para atender ao Plano Nacional de Educação.

 

No que diz respeito à educação brasileira em si, também estamos passando por uma série de modificações de marcos regulatórios, lembra Garcia ao citar o marco para o ensino a distância, o da especialização e as novas diretrizes para graduação e extensão. Considerando este cenário, o reitor da UCB acredita que todas as instituições responsáveis do País estão repensando seus processos e buscando alinhamento com as demandas nacionais do ponto de vista econômico e conceitual. “Não há momento mais oportuno para discutir pensamento estratégico. Acho importante esta formação continuada que estamos recebendo”, conclui.

 

O diretor acadêmico da Faculdade Marista Recife, Fabiano Ferraz Alves, também entende que pensar planejamento estratégico é, sobretudo, pensar o futuro  entre incertezas e desafios pautado em ambientes sociais, culturais, aspectos econômicos e políticos. Pensar no Grupo, para ele traz mais tranquilidade. Esta visão vem ao encontro do sentimento do vice-reitor administrativo da Católica do Tocantins, Rudinei Spada. Para ele no que se refere à questão econômica, a busca de fontes alternativas de financiamento para os alunos, é um ponto essencial.

 

Desencontro é o que acontece em situações de mudanças como as que se processam agora e estruturar soluções com planejamento pode ser o início da solução problemas complexos na avaliação do diretor da Faculdade Marista Recife, Fabio Alexandre Mota Rabêlo Ferreira. A Educação no Brasil representa um desafio muito grande para Ferreira que situa as instituições privadas de ensino na vanguarda da transformação necessária e capaz de impulsionar toda a sociedade.

 

Ao encerrar o encontro, o Irmão Selestino José Bortoluzzi, representando o Conselho de Administração, confirmou a percepção de que para cumprir sua missão o Grupo UBEC precisa ter foco no crescimento ao declarar que “apesar dos obstáculos que se apresentam, acredito que estejamos cumprindo os objetivos estatutários diante da maneira que escolhemos para comunicar o Evangelho, pelo ensino”.

 

Convidados enriqueceram a troca de vivências

O intercâmbio com gestores das instituições que formam o Grupo UBEC para uma proposta de revisão e reciclagem foi destacado entre os convidados para o Workshop de Gestão Estratégica, Desempenho e Riscos.

 

Os exercícios proporcionaram maior conhecimento das instituições de ensino e a apresentação de problemas levou à troca de informações e soluções enriquecedoras adotadas em diferentes experiências, sublinhou o gestor do centro Unilasalle de Niterói (RJ), Hugo Amazonas. Ele entende que as instituições católicas de ensino estão enfrentando o desafio de manter a qualidade e o número de alunos e, neste momento, planejar é essencial.

 

A partilha de experiências também foi evidenciada pela Irmã Regina Maria Ferreira Carrijo, da congregação Salesiana, entre os pontos altos do encontro. Ela acredita na gestão estratégica como fundamental para a sustentabilidade e eficiência desde a educação básica à universitária e vê como um dos aspectos mais desafiadores o alinhamento das equipes neste pensamento. Regina Maria saiu do workshop com uma agenda imediata: “temos uma avaliação institucional anual para elaborar planos de ação. Acredito que a retomada desta avaliação e a realinhada e aprimoramento do plano de ação para incluir avaliação do resultado e intervenções durante o processo são atitudes que já podemos adotar”, resume .

 

Para o Irmão Raimundo Aguiar, gestor da congregação Lassalista, a oportunidade de conhecer instituições que compõem o Grupo UBEC foi um ganho. Ele diz que leva desses dias de encontro para a escola La Salle de Sobradinho (DF) “a importância das estratégias em um projeto e da metodologia para alcançar objetivos”.

 

Assessoria de Comunicação

Grupo UBEC

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