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De um lado a Antártica, o grande continente coberto de gelo, de outro o Brasil, o país das terras ensolaradas. Realidades tão diversas a princípio poderiam não ter um denominador comum, mas muito do que acontece lá impacta a realidade daqui. É o que afirma o professor Leonardo Mattos, encarregado do Setor de Geopolítica da Escola de Guerra Naval e palestrante do “II De frente com o DARI”, ocorrido na tarde da última quarta-feira, dia 16. Criado pelo Diretório Acadêmico de Relações Internacionais, o evento debate a cada edição um tema ligado à política internacional.

“O entorno estratégico brasileiro e a Antártica” foi o assunto da vez. O debate mediado por Hélio Farias (professor de Geografia e Economia Política Internacional, do Unilasalle-RJ), teve início com a definição do termo “entorno estratégico” e a escolha dos espaços geográficos para compô-lo. Houve em seguida a problematização desses espaços mencionados na Política Nacional de Defesa Brasileira.

Autor de um artigo sobre o tema, Mattos vê o continente gelado em relação ao Brasil para além das questões geopolíticas e de rota alternativa do comércio internacional. Para o especialista, o país deve se importar com a região, antes de tudo, devido às questões climáticas. "O degelo e os demais fenômenos interferem diretamente nas condições climáticas do Brasil. Pensar o clima é também pensar produção agrícola, e esses fatores não podem estar fora da pauta de um país agroexportador", argumentou.

Antes da abertura para as perguntas, o professor Hélio Farias comentou a importância multidisciplinar do estudo da Antártica e ressaltou a necessidade do tema na agenda de estudo das Relações Internacionais. Alunos de todos os períodos do curso e dos dois turnos prestigiaram o encontro.

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