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“Nos dias atuais todos nós falamos, se não a mesma língua, uma espécie de linguagem universal. Não existe um único centro e a convivência perdeu a coerência. Leste e Oeste, passado e futuro se misturam dentro de nós. Diferentes tempos e espaços se combinam aqui, agora, tudo de uma vez só”. É com a arte de combinar palavras que Octavio Paz Lozano, único vencedor do Nobel de Literatura do México (1990), fala do mesmo que trouxe Adolfo Zepeda Soria ao Unilasalle-RJ neste mês: a vontade de falar uma única língua. No último dia 20, o cônsul de comunicação e cultura daquele país acertou os detalhes com a coordenadora da Galeria La Salle, Angelina Accetta, para uma semana voltada ao México na instituição. E homenagear Lozano, em imagens de vida e obra, está entre as intenções do evento de maio.

A proposta é que a programação contemple mostras, apresentação de dança, literatura e cinema mexicanos, em uma verdadeira imersão no país. “Para o Consulado sempre é um prazer atender convites como este, porque o nosso objetivo aqui no Rio de Janeiro é poder estreitar e fortalecer os vínculos entre o México e o Brasil”, afirma Lozano, “Vamos apresentar as cidades como turísticas, mas queremos ressaltar a história e a cultura de lá”.

A faísca que fez brotar em Angelina a ideia deste encontro surgiu na Universidade La Salle Bajío, durante viagem de uma comitiva lassalista brasileira ao México, em outubro do ano passado. Na ocasião, ela levou obras expostas em duas mostras na Galeria (“Gaudianas” e “Sobrepele”) e trouxe emprestadas gravuras da exposição “Relatos desde la piel”, com criações de Alejandro López junto de outros 18 artistas de Léon. A coordenadora avalia como “muito forte” a presença lassalista no México, mas também o contrário: “Recebemos muitos alunos mexicanos, por meio de intercâmbio e podemos citar ainda muitos parceiros em termos de pesquisa acadêmica, com a Revista Conhecimento e Diversidade”.

Acima, Adolfo Soria conversa com estudantes mexicanas, abaixo posa para foto entre alunos

Os intercambistas participarão ativamente da Semana, para começar em palestra com o tema “México, uma nação multicultural”. Já entre as mostras, o público também pode esperar uma específica sobre o Dia dos Mortos e outra relativa ao casal Frida Kahlo e Diego Rivera. “É uma exposição fotográfica que já esteve em Belo Horizonte, no Recife e vai se apresentar em junho na Bahia. Uma parte dela está aqui no Rio, logo traremos de 30 a 40 fotografias da vida íntima de Frida e Diego, tiradas por amigos deles, no ateliê e quando estavam viajando. Ficaram guardadas por muito tempo até serem doadas ao Ministério da Cultura”, antecipa Soria.

Japão, Áustria, Holanda, Alemanha, Polônia e China já ganharam o caminho cultural do Unilasalle-RJ, mas no caso do México será a estreia, rumo a uma linguagem como a de Lozano, cada vez mais universal. A semana mexicana será, a princípio, do dia 23 a 25 de maio.

Por Luiza Gould (texto e fotos)

Ascom Unilasalle-RJ

 

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