Menu

“O primeiro livro que li foi o papel roxo da maçã que meu pai trazia como presente de longas viagens. A gente punha o papel roxo sob o travesseiro, sentia o cheirinho e ficava imaginando uma terra onde brotassem macieiras”. Escritor mineiro, Bartolomeu Campos Queirós, lia desde cedo o seu entorno, para além das palavras, criando imagens na mente, atividade desempenhada também na aula de Corpo e Movimento da última semana. Para fazer os alunos de Pedagogia desenvolverem a “leitura de mundo” (FREIRE, 1998) presente no cotidiano, Angelina Accetta levou sua turma para um passeio no Espaço Gourmet, onde todos tiveram que colocar a mão na massa.

As discentes viraram cozinheiras por um dia, preparando uma salada de frutas. A relação com a poesia, que justifica o título desta matéria, é ressaltado pela professora: “Elas puderam perceber que a ‘leitura’ situa-se no espaço instintivo da criação, território imaginativo onde sentir, cheirar, tocar, brotar e provar têm um significado básico para a compreensão inaugural do ato de ler. Antes de se aprender a representar a palavra linguisticamente codificada, deve-se provar os sabores e saberes intuitivos que os ‘vocábulos’ poeticamente manifestam”.

 

  

Entre em Contato