Boas-vindas
Às 9h30, o grupo de alunos encontrou um Centro de Convenções Irmão Amadeu com cadeiras dispostas em círculo. O primeiro contato foi com o reitor, Irmão Jardelino Menegat, responsável por recepcioná-los. “Muito nos alegra e nos orgulha que nosso centro universitário seja o responsável pela organização do VII Encontro de Líderes Lassalistas, das universidades La Salle dos cinco continentes”, afirmou na ocasião, “Nossa casa é um lugar onde se aprende a aceitar, respeitar, cuidar e desenvolver habilidades e competências das pessoas”.
O reitor ressaltou o fato da instituição não ter ainda chegado à maioridade, “que no Brasil é de 18 anos”, mas já marcar sua presença no Rio de Janeiro e no país, com foco em também fazê-la no mundo. “Todos nós sabemos que não é fácil fazer a diferença, mas é possível, especialmente quando oferecemos mestres competentes e funcionários técnico-administrativos que conhecem e se preocupam em dar as boas-vindas, o respeito e o cuidado aos alunos”.
Após a fala, o “ice break”. Para quebrar o gelo, propiciando a interação entre os alunos, Keane Palatino, representante do grupo Young Lasallians, distribuiu desenhos de relógios aos visitantes. A cada mudança fictícia de hora, estipulada por ele, o aluno precisava conversar com uma pessoa do grupo, de forma que ao fim da dinâmica tivesse tido contato com 12 pessoas diferentes. As perguntas feitas para motivar o diálogo foram desde “Do que vocês mais se orgulham em si próprios?” até uma bem inesperada: “Se você fosse tivesse o poder do presidente Trump, qual problema resolveria?”.
Para fechar as atividades da manhã, o assessor de Relações Institucionais do Unilasalle-RJ e diretor executivo da IALU, Carlos Frederico Coelho, reconstituiu a história do Summer Program, fez um resumo sobre o Brasil, além de apresentar o Rio de Janeiro e Niterói, dando instruções aos alunos. Coelho ressaltou, por exemplo, o caráter acolhedor dos brasileiros, o contexto de dificuldades políticas, econômicas e sociais do país, explicou a importância de “sermos capazes de nos comunicar multiculturalmente” e lembrou que a diversão, com visitas a pontos turísticos e momentos de descontração, precisa andar lado a lado com a responsabilidade. Afinal, “vocês foram selecionados para estarem aqui, há razões para estarem aqui, logo nós não devemos ter medo de dizer que suas universidades esperam o retorno do investimento que fizeram”, recordou.
Mãos à obra, então! Já na volta do almoço, o “trabalho duro” citado pelo diretor da IALU começou na Sala Conexão Makerspace. A proposta era desenvolver produtos a partir da percepção do que os alunos consideram mais interessante na vida e obra de São João Batista De La Salle. Na divisão de cada grupo, a assessora para mobilidade acadêmica Alice Gravelle privilegiou a constituição de equipes plurais, com integrantes de mais de uma nacionalidade.
Criar, mas também ouvir. Pela primeira vez participando de um Summer Program, o Irmão Ernest J. Miller, da La Salle Philadelphia, Estados Unidos, motivou a reflexão a partir de três pontos para discussão: “Por que você está aqui?”, “Missão do instituto”, “Diversidade cultural e geográfica das escolas, universidades e centros de educação lassalistas”. Em dos momentos de sua palestra, Miller apresentou modelo de ação baseado nos pilares ver, julgar e agir. “Contemplar é ver. Primeiro nós precisamos ver, entender o que é a situação. O próximo passo é julgar ou lidar com a situação, criticá-la e, finalmente, mudar para agir. Isso é cíclico”, afirmou.